The show must go on.

Her heart sank into her shoes as she realized at last how much she wanted him. No matter what his past was, no matter what he had done. Which was not to say that she would ever let him know, but only that he moved her chemically more than anyone she had ever met, that all other men seemed pale beside him.

Existe aquele não-tão-velho ditado que diz: "Ás vezes parece que têm um radar emocional. Mal nos sentem a afastar, fazem sempre questão em nos prender novamente."

E é extremamente irónico . Não só por ser verdade, mas também por ser o dia de hoje. Numa história amorosa turbulenta, por mais inconstante que esta se revele ser, principalmente após anos e anos, acaba-se por criar um certo "padrão". Puxa-me para ele, afasta-me, volta-me a puxar para ele quando me começo a mentalizar, novamente, de que, se calhar, mereço melhor, como ele ás vezes o afirma. 

Hoje acordei, ou melhor, permaneci empenhada na minha direta. Tomei banho, tratei do meu cabelo, tentei ser criativa em termos vestimentários, maquilhei-me e saí de casa decidida a pensar no assunto todo. Fumei o meu cigarro matinal  antes de apanhar o comboio, sentei-me na ultima carruagem e pûs-me a ouvir música. E hoje, fui bastante seletiva. Escolhi-as a dedo, de propósito para encher a minha cabeça de imagens tuas, minhas, nossas .. e tentei encontrar razões para te deixar para trás. E deparei-me com imensas, que fui recolhendo com o passar dos anos. E, a dado momento, eu consegui, realmente, durante uns meros minutos, convencer-me de que eu estou completamente apta de fazer tal coisa. 

Esquecer-te? Ora, isso soa completamente possível, certo? "A piece of cake" como dizem os ingleses .. algo que se decide do pé para a mão. 

Oh ... mas como se eu já não o tivesse tentado fazer. De várias formas. Tanto ficando sozinha, como tentando convencer-me, por duas vezes consecutivas, de que outros me poderiam dar o amor que tu sempre decidiste guardar fora do meu alcance. Já fui egoísta a esse ponto, fazer sofrer almas inocentes para aliviar a dor que tu criaste em mim. 

Mas costumam dizer que à terceira é de vez. E foi. Decidi que desta vez iria ser diferente. Decidi que iria permanecer no meu mundo desta forma, contigo ou sem ti. Sabendo que me arrisco a sofrer novamente ... Que é o que está a acontecer. Voltei à fase em que acordo a pensar em ti e adormeço com os mesmos pensamentos. 

Mensagens tuas? Raras. 
Momentos em que tentas fazer-me feliz? Escassos.

Porque, por alguma razão que permanece desconhecida, tu continuas a recusar-te a deixar-me entrar no teu mundo enquanto convidas outros a entrar nele. Mas já me fartei de tentar forçar essa entrada, um dia hás-de me entregar o convite para assistir ao espectáculo que é a tua vida. 

Vais-me convidar para ir a tua casa e vais-me mostrar os recantos todos, vais salientar detalhes banais e vais-me contar pequenos acontecimentos que aconteceram anteriormente. Vais-me apresentar à tua mãe e à tua avó e com sorte não se vão lembrar de quando me conheceram pela primeira vez. Vou ver o teu irmão mais crescido, com sorte menos tímido .. 

Vais-me perguntar se quero um café ou até mesmo comer algo.  Vais-me convidar para passar a noite no teu quarto onde está pendurada a bandeira que eu te enviei com o maior carinho. E vamos ficar lá trancados os dois, sozinhos, sem pensar num amanhã. Sem preocupações sobre um futuro próximo em que um "até já" será inevitável. Porque nesse espectáculo, um "adeus" estará fora de questão. 

Irás amar-me durante uma noite inteira. E, ao nascer do sol, irás acordar, fazer-me uma festinha na face, irás sair da cama para fechar as cortinas, com cuidado, para os raios de sol não me acordarem. Irás enfiar-te de novo de baixo dos lençóis e voltarás a adormecer comigo, com esperança de que a noite se prolongue durante mais umas horas, para poderes continuar a amar-me só mais um pouco  .. 

No comments:

Post a Comment