Pyromania

E não somos nada mais nada menos do que piromaniacos compulsivos, que brincam com o fogo como se fosse a coisa mais natural ao cimo da terra. Temos atitudes auto-destrutivas e mesmo após termos tido uma epifania após a primeira queimadura, insistimos em voltar a pôr as mãos naquelas chamas que tanto nos magoaram várias vezes antes, como se tivessemos a necessidade de sentir aquela dor ardente, por vezes aliviante, na nossa pele. Como se achássemos que as queimaduras ainda não sejam suficientemente profundas, como se estivéssemos com esperança de que a um certo ponto, o fogo já não consiga encontrar mais fibras musculares para perfurar.

Como se após tanta destruição, já não houvesse mais nada para ser destruído.

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