feridas

Feridas.
Superficiais e profundas.
Grandes e pequenas.
Criam-se. Criam-se crostas por cima destas, crostas essas que insistimos em arrancar com as unhas.
Sangue que derrama. Dor que se sente.
Deitamos sal para cima delas, com esperança que este as desinfecte. Sentimos ainda mais dor ao sentirmos o sal a fazer efeito.
Deixamos o tempo passar. Volta a criar crosta.
Desta vez deixamos a crosta cair por si própria.
Mais tempo passa, as feridas não desaparecem, mas saram.
Deixando marca.
Relembrando-nos o que as criou.

2 comments:

  1. ou quem as criou...

    gostei mesmo muito. é do melhor que escreveste até hoje, por ser tão sincero e tocar mesmo na "ferida".

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