Well, well, well ...

É por isso que eu vos digo para nunca se esquecerem de quem são. Vai haver uma altura da vossa vida em que as pessoas em quem vocês mais têm confiança, que melhor vos deveriam conhecer, se vão virar contra vocês, vendo de uma forma distorcida as vossas palavras e ações e vão presumir, sem quaisqueres bases concretas, que vocês se tornaram nas pessoas mais falsas, cínicas e aproveitadoras, do dia para a noite. Ou, no meu caso, da noite para o dia. Mas pronto, esse é um detalhe mínimo.

Bem, porque é que vos estou a dizer isto? É assim, eu não sei se vocês são pessoas falsas ou não. Mas a probilidade de um dia virem a ser tratadas como tal é bastante elevada, visto que quase todos estamos condenados a passar por isso.

E o meu conselho para vocês é: não liguem.

Eu sei, há casos nos quais as pessoas são mesmo falsas mas, na maior parte das vezes, ou são várias pessoas de diferentes circulos a afirmá-lo ou são casos nos quais as pessoas que foram prejudicadas por essa falsidade vos podem dar factos concretos para o provarem.
Quando o vosso caso não for como nenhum desses dois, virem as costas e não liguem.

É muito importante acreditarem em vocês próprios. Saberem quem são, reconhecer os vossos defeitos e qualidades. Porque acreditem que quando as pessoas afirmam algo sobre nós com uma tremenda convicção e pertinência e se ainda por cima forem pessoas próximas, podem acreditar que isso se vai tornar num autêntico batido de sentimentos dentro de vocês, uma espécie de Personality disorder. Começamos a pensar e pensar e pensar e pensar e o ponto mais baixo que podemos atingir é aquele no qual nos perguntamos a nós próprios a seguinte pergunta:

E se eu for mesmo falso/a?

E, meus amigos, isto é uma pergunta retórica. Porque mesmo se algumas pessoas dizem uma coisa e outras dizem outra, a resposta certa é aquela que vocês ouvem a ecoar no fundo da vossa alma, enterrada debaixo das dúvidas e das inseguranças acumuladas.

Escrevi este texto porque já passei por isso e é claro que tudo o que aqui foi dito, foi criado pela minha perspectiva. Já entrei numa fase em que duvidei da minha pessoa, o que me definia tinha-se tornado em algo desconhecido à medida que me estava a transformar numa Jane Doe para mim própria. E com o passar do tempo comecei a reencontrar-me, percebi que sempre tinha sido quem eu pensava ser e como bónus aprendi coisas sobre mim que desconhecia. Não vou esconder que é uma experiência que nos muda. Pelo menos a mim mudou-me imenso, sinto que já não penso nem ajo da mesma maneira e é impressionante a que ponto eu ás vezes fico espantada com essas mudanças.

E, no fundo, aprendi a gostar mais de mim, porque tive de riscar pessoas da lista de onde vinha o amor que me era dado e, quando perdi esse amor, tive de o encontrar noutro sítio. E acabei por o encontrar dentro de mim.

E sabem qual é a melhor confirmação de que o que afirmaram sobre nós é mentira? É quando essas mesmas pessoas são as que vêm ter connosco para obterem um perdão ou o que quer que seja ou até mesmo quando nos querem ter de volta nas suas vidas.

Mas depois de tanto tempo sem elas, depois de ter arranjado forma de viver naturalmente sem o que o dia já significou muito para nós, ficamos na dúvida se realmente vale a pena dar uma segunda chance ás pessoas que a nós nem o benefício da dúvida nos deram.

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