The hand that feeds

E a verdade é que eu não sei lidar com a tua ausência de uma forma sensata. É por isso que lido com ela à minha maneira. Eu gostava de ter outras reações ás tuas atitudes, preferia que me afectassem metade do que aquilo que afectam realmente. Porque a verdade é que tu continuas a ser uma pessoa que mexe muito comigo, alguém que tem um poder demasiado grande sobre o meu estado de espírito e é isso que torna isto tudo muito mais difícil.
Tens de perceber que se não te consigo apagar do meu coração, tenho de te apagar de outras formas. E não é um muro que tenciono construir entre tu e eu, mas sim uma ajuda para que a tentação de falar contigo não seja tão grande. Porque é sempre diferente falar contigo quando tu vens ter comigo, do que quando sou eu a pôr conversa. Nunca gostei de dar o primeiro passo, e dar o primeiro passo vezes e vezes sem conta, sem ter qualquer tipo de feedback que me deixe realmente satisfeita, é algo que me recuso a fazer. Não por orgulho, não por falta de vontade, mas simplesmente pelo facto de que eu sempre gostei que as minhas acções fossem reconhecidas. E tu não o fazes.
Ter-te longe de mim, quando já te tive tão perto (de várias formas), é algo que se torna difícil de processar e ás vezes parece que é uma lacuna que nunca vou conseguir fechar por completo. Porque a verdade é que, queira eu ou não, tu és especial. Marcaste-te, impregnaste-te em mim de uma forma profunda e um dias irás perceber que eu faço parte das pessoas que vêm em ti uma importância tremenda.

"Porque esta coisa do 'querer' tem muita força."