Se eu fosse um automóvel, a raive seria o meu combustível.

Queres que eu te diga o mal que fizeste? Queres? Eu digo, na boa. Eu digo-te todos os estragos que tu fizeste, todas as merdas que tu não tiveste de presenciar, todos os momentos que tu não viveste comigo, todas as lágrimas que tu deverias ter secado (ou evitado), todos os conselhos que tu deverias ter dado, todo o amor que tu deverias ter ensinado. Tudo, basicamente.
Tu não fizeste nada do que era digno teu ser feito. Nada, estás-me a ouvir? Nada. E eu ainda tenho muita raiva dentro de mim, principalmente nos dias como hoje, onde me sinto exausta, com os nervos à flor da pele, quando derramo lágrimas porque o stress é demasiado grande.
Mas tu pensas que és o quê? Pensas que vales alguma coisa tu? Só porque durante os meus 18 anos de existência, estiveste na minha vida uns 4? Porque me ligavas uma-duas vezes por ano, e ás vezes nem eras tu quem ligava? Porque quando descobriste a doença dela, os remorsos foram tantos que tu me mandaste dinheiro? Porque me acolheste 2 vezes na tua casa, tendo em conta que não podias deixar de lado o teu estado de bêbado nem enquanto eu lá estava? A sério? Por teres feito isso achas-te já um pai? Porque deixa-me dizer-te, nem como a maior merda na minha eu te considero. Não passas disso, és nojento e eu odeio-te. Dizem que o odio é uma palavra forte, mas olha que este sentimento é bem mais forte do que tu pensas. Se eu fosse outra, e te visse, eu cuspia-te à cara. Eu fazia-o o mesmo, porque quando me apercebo de todo o mal que já me fizeste a mim (e não só), eu pergunto-me como é que eu posso ter os genes de uma pessoa como tu? Pergunto-me mesmo.
E pergunto-me como é que as pessoas têm a puta da lata de vir ter comigo e dizer "mas ele é o teu pai."
Será que ouvi bem? Ele é o quê? Só podem estar a gozar comigo, é que só pode. Onde é que ele estava quando eu mais precisava dele? Quando a minha vida ficou reduzida ao que tem sido estes últimos oito anos? Não me venham com merdas, sff. Vocês não sabem o que é viver isto, o que é viver com o sentimento que uma das pessoas que é responsável pela nossa existência, simplesmente nunca quis saber de nós. Não sabem .. por isso ... nem se atrevam a impôr-me algo que nunca vou aceitar.
E já passaram quase 3 anos, desde a última vez que te vi (estavas bêbado. que bela memória.) e nesse dia, jurei para nunca mais. O que me fizeste, como me trataste .. ficou tudo empregnado em mim. para sempre. Este desgosto é permanente. Tal e qual como o meu desprezo por ti.

(estou-me a lixar para os erros, não me apetece reler.)

1 comment:

  1. Blood only runs in your vains... As you make it flow, it's up to you!

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