"Não há atálhos para a vida que eu quero."

Não acham impressionante que tudo o que agente tem na vida é inconstante? Nada, absolutamente nada, é constante. Ás vezes pássa-nos ao lado, como se nada fosse. Mas outras, quando pensamos bem nisso, apercebemos-nos de que nada pode ser considerado como permanente. É tão certo como eu estar sentada em cima desta cadeira. Nem ela é constante. Um dia, vai acabar por se partir, vai acabar por ir párar ao lixo, juntamente com outras cadeiras que, com o passar do tempo, perderam a sua estabilidade e que a um certo ponto tiveram de ser deitadas ao lixo. É esse o meu medo, que a vida seja como uma dessas cadeiras. A um dado momento, vai acabar de ter a sua útilidade, essa útilidade tão preciosa que a consegue tornar tão frágil. É impressionante, e ao mesmo tempo ridículo, a maneira com que todas as nossas acções condicionam os nossas dias. Neste mundo, neste preciso momento no qual estas palavras estão a ser digitádas, há pessoas que estão a morrer à fome, pessoas que perderam as suas habitações por causa de uma catástrofe provocada pela lei da natureza. Pessoas que lutam contra uma doença considerada fatal, pessoas que estão de luto por terem perdido um ente querido. Outras estão a sofrer por não terem um amor correspondido, por não terem tirado um 20 ao último teste de Português e outras que não vêm sentido na vida que têm, pelo simples facto de não encontrarem um sentido nela. Nada ao que se possam agarrar, nada sobre o qual possam dizer "Sei que vou ter isto para sempre ao meu lado." É triste. A inconstância é provavelmente uma das coisas mais cruéis, uma das coisas mais injustas. E quando sabemos que está tudo ao nosso alcance, que temos de fazer isto e aquilo para podermos manter no minimo a nossa vida estávél. E depois, quando não acontecem as coisas que nós desejávamos, ficamos a pensar: "Porquê? Será que mereço? Será que não mereço?" Perguntas retóricas, é o que vos digo. Uma data de perguntas retóricas que temos enfiadas dentro de nós, com vontade de as arrancarmos de nós. Todos nós temos algo que nos rói por dentro. Sofremos de formas diferentes, cada um decide a forma com que lida com esse sofrimento. Tal como os sentimentos, cada um decide por si próprio o que é para ele o sofrimento. Até acontecer outra coisa, e a definição do sofrimento acaba por mudar novamente.

3 comments:

  1. agreed.
    tens é que parar com essa mania de meter assentos onde eles não deviam estar xD

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  2. miscusiiiii haha podias era dizer-me onde é que não deveriam estar acentos, ya? uma correção mais productiva e tal :c

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