midnight session #1 - namoros à distância

Com que então, há aquela teoria de que o amor consegue ultrapassar a distância? pois bem, isso é uma grande mentira. Tudo bem, podemos gostar muito de uma pessoa, amá-la até (o que nem sempre, ou quase nunca, é o caso), mas a verdade é que o amor não é só algo platónico, que se alimenta com conversas productivas, declarações paixonantes & trocas de informações triviáis sobre o dia-a-dia, na tentativa de fortalecer os laços que estamos tão desesperados em manter com essa tal pessoa que, geograficamente, se encontra num sítio completamente oposto ao nosso. mas é claro, podemos fazer isso tudo, mas vai chegar a um ponto em que não vai chegar mais. a não ser que a relação à distância seja intermitente, onde haja visitas de semana a semana. porque, à medida que crescemos, apercebemos-nos de que quando estamos numa espécie de relação com algéum, as relações físicas tornam-se bem mais importantes e essênciáis do que as pessoas gostam de admitir. porque é tudo muito bonito, acreditar no facto de que o amor é algo completamente sentimental, que depende disto e daquilo, quando na verdade, depende de muitas mais coisas. Se assim fosse, essa pessoa com a qual estaríamos numa relação, poderia ser considerada como uma amiga, melhor amiga até. mas mesmo assim, só uma amiga. e não uma companheira. E depois admiram-se, que as relações à distância não duram, que são difíceis e dolorosas, que fazem com que as saudades sejam mais fortes...digam-me então, se não tem nada a ver com os beijos, abraços, relações sexuais, enfim, todo esse trálálá, do que é que as pessoas sentem saudades? se se falam todos os dias, seja por telefone, messenger, skype, se continuam a ter as mesmas conversas de sempre, do que é haveriam elas ter saudades? o que é que lhes falta assim tanto, para chegarem a um certo ponto em que se apercebem que já não dá? não é assim tão dificil de perceber, pois não?

3 comments:

  1. Muito verdade! Grande post Jay :)
    Esqueceste-te do facto de que ao longe não podemos dizer com certezas que conhecemos mesmo mesmo alguém. Ou pelo menos essa é a minha opinião

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