pensamentos soltos (dia 11 de junho)

Há uns valentes meses atrás, uma pessoa demasiado sábia para o meu gosto disse, durante uma conversa sobre o futuro: «Jé, tu nunca vais conseguir ter uma amizade com benefícios. Tens um coração demasiado mole e sensível.»

Temo que essa pessoa tenha tido toda a razão do mundo. O meu coração é demasiado fértil, as coisas que lá são plantadas crescem demasiado depressa e as suas raízes são demasiado fortes e falta-me a força e a frieza para as conseguir arrancar de lá. Ainda por cima tem chovido muito, a água não deixa que as coisas murchem e apodreçam. Raios partam estas molhas constantes.

Eu no outro dia estava a pensar. Em quê? Não digo. Lembrei-me de que tinha apagado as mensagens do telemóvel. Quem me dera ainda as ter para poder verificar as tuas palavras e as minhas. Relembrar-me de que as tuas não foram um mero fruto da minha imaginação e reler as minhas para poder tornar o arrependimento de as ter confessado mais palpável.

Neste momento, poderia escrever páginas e páginas sobre o que estou a sentir, sobre os meus pensamentos sobre e ti e sobre o efeito que tens sobre mim. O que me irrita é eu saber que, mais cedo ou mais tarde, vou parar de pensar nisto tudo. Se pudesse escolher entre um dos dois, escolhia o mais cedo. Até +e bom pensar em ti, gosto da sensação. mas não quando estes pensamentos são vazios e me fazem sentir as saudades na flor da pele. Por muito bem que tenha começado, desculpa, mas ás vezes apetece-me apagar tudo. é demasiado forte. não só o desejo, mas também os sentimentos. Os sentimentos que nem sequer deveriam ter surgido do nada. Porque sim, o que me mais me deixa aparvalhada, é que eles saíram do nada, algo do qual eu ignorava a existência. Tudo bem, eu admito que te pintei de muitas cores, mas não me lembro de ter usado o vermelho.

Não acredito quando dizes que sentes isto e aquilo. Não acredito, não sei porquê mas é assim. Tu não pareces estar a deixar-te levar pelas saudades da mesma forma que eu. Se é que tu te estás sequer a deixar levar por algo. Pareces ser forte, pareces ter controlo sobre as coisas. Pareces isso e tanto mais. Pareces tudo o que mostras, o que me deixas ver. Mas ás vezes, não aparentas ser nada do que dizes ser.

Estou doente. Está-me a doer a garganta. Já bebi leite com mel e isto não há meio de passar. E ainda por cima, estou a pensar em ti e nas saudades que tenho tuas. Ás vezes, apetecia-me que fosses tão cola como o mel, sei que não me iria fartar de ti tão depressa. e caso acontecesse, quem sabe isso não seria o melhor para todos. Mas como eu estava a dizer: estou doente e estou com saudades tuas. Não gosto nada, mas mesmo nada de estar neste estado.

(pensamentos soltos depois de passar estes para o blog)
cá para mim, eu vou-me mas é embora para o Luxemburgo sem estar contigo e mando-te a tua prenda por correio. é tudo muito giro mas palavras só embelezam as coisas durante um curto espaço de tempo. infelizmente.

2 comments:

  1. i let my self down after that text. well, not really after after. hours after.
    i'm okay now (: i don't care about him, again.
    but yeah, he doesn't know what is waiting for him.

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