Il est où mon prince?

Era uma vez uma rapariga, já com uma idade avançada da adolescência, prestes a entrar para a idade à qual chamavam de "idade adulta", whatever that means. e pronto, lá estava ela, num dia solarengo, sentada em cima de um muro, a ouvir Peter Cincotti e a fixar o céu tingido de um azul bebé. As nuvens, que naquele dia mais pareciam bocados de algodão colados, desenhavam os mais diversos animais; coelhos, ratos, elefantes. com atenção, podiam ser vistos estes e muitos mais. mas pronto, como estava a dizer, lá estava ela, sentada naquele muro, como se não houvesse amanhã. No entanto, ao longe, via algo a galopar na sua direcção. Parecia um cavalo branco. Não, à medida que se aproximava, ela ficou com a certeza de que aquilo só podia ser um cavalo branco, que cada vez se aproximava e mais perto dela ficava. Nele estava uma silhueta sentada. Parecia ser uma silhueta masculina, tinha um corpo robusto, costas largas e aparentava ter uns braços bastante musculados. basicamente, tudo o que roubaria a atenção de uma rapariga como ela. por sua surpresa, o tal individuo ficou parado, mesmo à sua frente. tinha uma armadura vestida e usava um elmo na cabeça, tudo de aço. intrigada, ergueu a sobrancelha. O desconhecido tirou então o seu elmo, revelando a sua cara encantadora. forte estrutura óssea, cabelos castanhos escuros e um sorriso encantador.
"Encontrei-te." disse, com um entusiasmo invulgar na sua voz.
"Hein?" Ela, que não estava a perceber nada, ficou ainda mais intrigada.
"Encontrei-te. Andei à tua procura por todo o lado, galopei e percorri cidade por cidade, aldeia por aldeia, tudo isto só para te encontrar a ti, a única. finalmente, encontrei-te. está aqui, és tu."
"Eu não te conheço de lado nenhum."
"Ora, sou o príncipe. O teu príncipe. Já me deves ter visto nos teus sonhos. Porque tu és aquela que todos os dias vagueia nos meus."
"Príncipe?" perguntou, como se já tivesse encontrado uma explicação para tudo.
"Sim. Agora vá" Estendeu-lhe a mão. "Monta para cima do cavalo e acompanha-me. Já ando à tua procura há muito tempo e agora que te encontrei, quero começar a viver o nosso conto de fadas."
Ela pegou na sua mão, olhou para o cavalo com ar confuso e voltou a olhar para o príncipe.
"Não tens de ter medo, podes-te agarrar a mim se tens medo de cair." assegurou-lhe.
"Não é isso" desviou o olhar e ao mesmo tempo, largou a mão dele. "Tu podes ser um príncipe, mas eu não sou nenhuma princesa. Muito menos a tua. Desejo-te boa sorte na tua busca, sei que um dia irás encontrar a tua princesa."
Desiludido, voltou a colocar o seu elmo, acenou com a cabeça e fez sinal ao cavalo para seguir em frente.
E pronto, era uma vez uma rapariga que, sentada em cima de um muro, observava enquanto um príncipe galopava, cada vez para mais longe dela. E quando este desapareceu, como se tivesse sido sugado pelo horizonte, ela tirou uma coroa do bolso do seu casaco. olhou para ela, suspirou e enfiou-a então de volta no bolso. voltou a pôr os phones nos ouvidos, deixando Peter Cincotti tocar nos seus ouvidos e continuou a fixar o céu.

3 comments:

  1. que texto tão fofinho :)
    este é o tipico momento com que todas (ou quase todas.. eu já me deixei disto!) as raparigas sonham xD

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  2. eu não acredito em príncipes xD mas gostei da ideia do fim e depois desenvolvi uma hístoria

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