fartei-me (de ti)

já tive um carinho enorme e inimaginavél por ti, já me viciei em ti durante muito tempo e foste um vicio bastante agradável (a maior parte do tempo), já fomos como leite e bolacha, já fomos tanto, já fomos tudo para acabarmos um nada. pode ser só o meu ponto de vista, mas gosto de acreditar que esse meu ponto de vista seja o mais realista. sejamos realistas, se faz favor: no estado que as coisas andam há meses, é impossível haver aqui uma possível amizade. eu sei as razões, tu não sei se sabes, mas eu já tas disse. agora se te esqueceste, a culpa ai já não é minha. eu posso dizer que, literalmente, me fartei de ti. e o problema é que esta sensação não se vai ir embora tão depressa, porque já perdura há um bom tempo. fartei-me das tuas insinuações sem pés nem cabeça, fartei-me das tuas perguntas sobre as respostas que te dei ás tuas outras perguntas, fartei-me de tanta coisa, fartei-me. já não sei como te mostrar mais desprezo. não, desprezo é uma palavra demasiado forte, pouco apropriada até. o que eu quero dizer é que já não sei como é que te posso ignorar mais, como é que posso ser mais seca para tu te aperceberes que as coisas já não avançam, pararam. agora se tu já viste mas queres ignorar isso tudo, isso é contigo. és bom rapaz, eu sei disso. tu não sei se sabes, mas eu já te disse. agora se te esqueceste, a culpa ai já não é minha. e pronto, não há muito a dizer sobre isto, só preciso de conjugar o verbo "fartar" no passado ou no presente, não importa. it works both ways. sim, eu fartei-me de ti, eu sei disso. tu não sei se sabes, porque eu ainda não to disse.

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