Diary Of Demonic Dreams

Aconteceu tudo num abiente de guerra. Não sei porquê, mas lembro-me sempre do cenário sendo este num quarto de uma casa abandonada, num sítio onde a paz não reside.
Ignoro como lá fui parár e pergunto-me o porquê de ele lá estar.
Como num DVD riscado, há partes deste sonho que me escapam. Um momento estou a trocar com ele ruídos mudos que provêm das nossas bocas e no outro estou sentada ao colo dele, em cima da cama, ele a sorrir para mim e a seguir deixar os lábios dele, colidirem com os meus.

Lábios esses que não te pertencem.

O sabor não mudou. Continua envolvente e hipnotizante.

Sabor esse que não é o teu.

Sinto braços envolverem o meu corpo neles.

Braços esses que não são os teus.

Mãos passearem por ele.

Mão essas que não são as tuas.

Dedos delineando cada curva.

Dedos esses que não são os teus.

Deixo-me fazer, dou autorização ao meu corpo de se juntar à coreografia do dele e sinto remorsos por estar a deixar velhos sentimentos e antigas sensações controlarem os meus actos. Contínuo presa naquele transe até me deixar acordar pela realidade.

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