Experiências metafóricas - Pessoas/Livros

Vejo as pessoas como vejo os livros. Nunca os decido ler pela capa, tal como nunca decido conhecê-las pela aprência. Digo sempre para mim propria que a capa é uma mera proteção, algo para lhes dar um certo ar de graça, com uma certa utilidade, mas no fundo dispensávél. Prefiro explorar o conteudo, com a esperança de encontrar algo de novo, que marque uma diferênça, despertando uma faísca desconhecida.
Alguns livros são melhores do que outros, mais interessantes, mais misteriosos, mais profundos. Com uns aprende-se, com outros sonha-se, ou então apenas nos perdemos nas ilusões que estes nos transmitem. E nesse aspecto, as pessoas são iguais.
Uns dão-me vontade de os ler aos poucos, outros despertam-me a curiosidade ao ponto de os querer devorar por completo de uma só vez e outros nem sequer me dão vontade de passar o prefácio.
Mas cada um é como é, cada um tem a sua história e uma razão pela qual foi escrito. Mas não importa o impacto que têm em mim, acabam todos por ficar guardados na minha parteleira, destacando-se pelas mais diversas razões.
E é assim que vemos que livros foram feitos para serem lidos uma única vez, e quais aqueles que são dignos de serem explorados vezes e vezes sem conta. Porque muitos não são mais do que aquilo que aparentam ser, mas outros revelam-se preciosos a cada leitura.

No comments:

Post a Comment