pessimismo no seu estado mais puro.

mas que caralho. nós seres humanos somos uma tristeza em vários aspectos. somos mesmo. nós nunca ligamos realmente ao que é importante antes de algo drástico mudar as coisas, ou então quando nos espetam uma realidade à frente dos olhos. e não me venham dizer que não é verdade. porque é. tudo bem, nós podemos dizer ah sim eu amo os meus amigos e os meus familiares mas nós não agimos todos os dias como tal. não é impossível, é mas é difícil. e muitos de nós não estão dispostos a fazer esse sacrifício diário. eu nem sei porque é que já me mentalizei que isto tudo vai ter um fim trágico. se calhar porque é melhor esperar o pior para depois, com um pouco de sorte ou do raio que parta, venha a acontecer o melhor. dizem todos para eu manter a cabeça erguida. eu mantenho-a bem erguida. já disse, pouca gente sabe que ando a sofrer com isto, quando penso nisto, algo começa a comer-me por dentro e começo a sentir-me vazia. sei lá com quem e que eu deva falar sobre isto, sei lá pá. de um lado apetece-me do outro não. de um lado apetece-me que me perguntem e do outro só me apetece que me deixem em paz. mas foda-se, isto é muito lixado. muito mesmo. pronto, amanhã vou saber se irei precisar de mais uma dose de energia suplementaria ou não. é nestas altura que me sinto uma inútil. perto ou longe, não muda, não posso fazer nada. não tenho super-poderes nem nada que se pareça. mas dava jeito realmente. e só de pensar que tenho 50% de chances de passar pela mesma merda daqui a uns anos, que lindo. que lindo. já me começa a irritar. deixem-me passar-me dos carretos, pelo menos neste blog, por favor. e mais difícil é quando passamos por pessoas conhecidas, e nos fazem uma data de perguntas, aquelas perguntas monotanas, ás vezes até parece um déjà-vu! e uma pessoa mete um sorriso de plástico nos lábios e responde que está tudo bem, vai-se andando, é vida, e mais respostas do caralheta como estas. não vale de nada dizer que está tudo mal, tudo péssimo, porque as pobres das pessoas nada podem fazer. perguntam porque devem perguntar. pelo menos é isso que sentem. elas próprias sabem que também não têm super-poderes. é nestas alturas que o carinho mais banal faria toda a diferença, um abraço, o que quer que seja. uma atenção qualquer. para ao menos eu me sentir protegida, para eu não ter aquela sensação que estou sozinha nisto. é parvo mas é assim que me sinto. depois de uma bela tempestade, vem o solzinho e o céu fica tingido de azul bebé não é? mas nunca se sabe o que é que tempestade passageira levará com ela.

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